TOMANDO AS RUAS, ROMPEMOS O SILÊNCIO

Tomando as Ruas, Rompemos o Silêncio
Lançamento do livro
moderação de Rui Telmo Gomes
convidados/as: Pedro Saavedra, Jéssica Abrahão Ribeiro e Prof. Rogério Roque Amaro
por LARGO e colectivo de Residentes do Jardins do Bombarda
30 de Março (Dom.),11h, Pinhal
Jardins do Bombarda – Centro Cultural e Comunitário
Rua Gomes Freire 161, Lisboa
Pré-reserva // 2ª tiragem 20€
 
M/6
Entrada livre
 
SINOPSE

Um trabalho de registo documental, reflexivo e de investigação, que cruza a acção cultural de dezenas de entidades com a comunidade local, o olhar sociológico, o impacto económico e as novas formas de construir cidade.
Registo do processo de construção e consolidação de um possível lugar democrático de cultura, entre 2022 e 2024. Um quarteirão na colina de Santana, em Lisboa, onde a cooperativa Largo Residências coordena o funcionamento de um centro cultural e comunitário (Quartel do Largo do Cabeço de Bola e Jardins do Bombarda) em que residem dezenas de projectos sociais e culturais, numa relação directa com a cidadania, a requalificação urbana e o direito à cidade, a inclusão e justiça social, numa tentativa de consolidar o conceito de 3.º lugar – entre o público e o privado – o espaço cultural de cidadania e liberdade.
 
SOBRE 

“A ferramenta não é tua, não é minha, é da cooperativa” foi uma das frases mais emblemáticas do processo de ocupação dos trabalhadores agrícolas à herdade da Torre Bela, um momento quente do PREC – Processo Revolucionário em Curso – que questiona a legítima apropriação daquilo que se diz privado em prol do bem comum.
A cooperativa cultural e de solidariedade social Largo Residências tem vindo a fazer um trabalho contínuo relativamente ao direito à cidade, ao dilema da privatização acelerada do espaço e propriedade pública, e a grande relação que a Cultura tem na construção coesa das cidades. Durante uma década, as actividades culturais trouxeram um valor económico e humano ao requalificado eixo Almirante Reis, em Lisboa. No entanto, a especulação imobiliária foi esmagando a Cultura para as margens.
Esta publicação nasce, assim, de uma vontade colectiva de contar um exercício de construção de um espaço democrático de cultura e cidadania. 
Como nasce o colectivo do Quartel do Largo do Cabeço de Bola? 
Que impacto trouxe aquele primeiro lugar?  
Como passou a ser o colectivo de residentes dos Jardins do Bombarda? 
O Quartel foi uma espécie de ano zero onde ensaiámos estas práticas e uma nova escala de ecossistema. Contudo, foi a Largo Residências a instituição que, sozinha, preparou o espaço para o abrir aos seus parceiros.
Este livro é um exercício colectivo documental, ficcional, reflexivo e de investigação, que cruza a acção cultural de dezenas de entidades com a comunidade local, o olhar sociológico, o impacto económico e as novas formas de construir cidade.
O colectivo de profissionais que se juntou para este livro tenta despoletar respostas a várias questões:
– sendo o património público do Estado,  neste sentido é nosso, é comum?
– devemos forçar cada vez mais a implicação activa dos cidadãos no desenho e construção das cidades e das suas necessidades?
– os espaços culturais democráticos são os considerados 3.ª lugares? Lugares intermédios, entre público e privado, um ecossistema cidadão?
– os vários movimentos activistas e socialmente comprometidos têm lugar nos equipamentos de cultura convencionais?
Este centro cultural e comunitário define-se como um “terceiro lugar”. 
Um ecossistema de espaço e projectos, que para além de fazer a ponte entre as organizações do terceiro sector e o sector público, cria uma relação profunda com a sociedade civil. Um trabalho de rede e parcerias que acrescenta à dimensão artística o impacto dos projectos colaborativos e comunitários. É um processo experimental sobre como “fazer a cidade”, a partir dos seus agentes locais de proximidade, envolvendo a comunidade e continuando a lutar pelo direito do acesso democrático à cultura na malha urbana de Lisboa que merece ser contado.
Um espaço de liberdade e construção contínua que se mantém permanentemente aberto através do acolhimento de movimentos emergentes que não encontram noutros locais públicos e privados um lugar de crescimento e experimentação das suas práticas activistas. Um lugar aberto a diferentes movimentos sociais e culturais que cruza os seus papéis e missões no pensar e agir democrático do séc. XXI e nas raízes herdadas do 25 de Abril. 
Que novas práticas democráticas devemos cuidar inspirados no legado do 25 de Abril?
Tomando as ruas, rompemos o silêncio!
 
FICHA TÉCNICA E ARTÍSTICA 

Promotor: Largo Residências 
Autores: Marta Silva, Pedro Saavedra, Rogério Roque Amaro e Trabalhar com os 99% (Jéssica Abrahão Ribeiro, Margarida Alexandre e Tiago Mota Saraiva)
Fotografia: Claudia Fischer, José Luís Neto, Mário Mar, Nicole Sánchez e Vitorino Coragem 
Coordenação editorial: José Luís Costa e Marta Silva
Em colaboração com: Sónia Sousa e Miguel Domingues
Participação do Grupo  Documentação e Narrativas do Quartel e Jardins do Bombarda:  Alberto Goes Reis, Amaya Sumpsi, Andreia Salavessa, César Rodrigues, Claudia Fischer, Daniel Borges, Francesco Valente, Hugo Santos, Jaime Lebre, José Luís Costa, José Luís Neto, Justine Lemahieu, Mário Mar, Miguel Cabral, Miguel Domingues, Pedro Saavedra, Raquel Castro, Sónia Sousa e Vitorino Coragem.
Grafismo e Paginação: lina&nando 
Apoio financeiro:
República Portuguesa – Cultura  / Direção-Geral das Artes e Comissão Comemorativa 50 anos 25 de Abril ; Câmara Municipal de Lisboa / Divisão de Acção Cultural 
Agradecimentos: Arquivo Municipal de Lisboa, GNR – Guarda Nacional Republicana e ESTAMO. 
Contracapa © Fotografia José Manuel Costa / Rossio, 25 de Abril 2024 
 
Publicação em versão inglesa disponível em breve.
+ info info@largoresidencias.com