Lugar da Cerâmica

“Foi tudo feito em cima do joelho!” Esta expressão antiga que traduz algo feito à pressa e de resultado duvidoso tem, curiosamente, origem no fabrico da telha. Os artesãos faziam as telhas com barro e usavam como molde a própria coxa. O que sucedia era que conforme o tamanho da coxa de cada um, as telhas eram maiores ou mais pequenas. Eram portanto úteis, sem dúvida, mas muito irregulares! A tradição oral mostra-nos a importância da olaria que há muito já esquecemos. Deste passado do Intendente resta-nos apenas A Viúva Lamego que mais não fez do que continuar uma tradição que vinha desde a Idade Média, provavelmente até do período islâmico, já que aqui ao lado está o bairro da Mouraria, numa área em que os artesãos mouros ou descendentes dos mouros se dedicaram à moldagem de potes de barro e telhas. Como testemunho desses tempos, logo aqui ao lado existe ainda uma rua das Olarias, um Largo das Olarias e umas escadinhas das Olarias. Em frente encontrava-se a Fábrica do Desterro, também especializada em faiança, que entretanto fechou. Não muito longe daqui, está a rua Forno do Tijolo.

É este pedaço de história que o Lugar da Cerâmica, um dos projectos do Largo Residências, pretende recuperar, com o apoio do programa BIP ZIP (CML) para o seu começo (2013/2014).

Teve morada na Casa dos Amigos do Minho e com o objectivo de lhe devolver os lindos azulejos e de abrir as suas portas à rua, foi o lugar de ateliers, conversas, encontros, workshops, visitas... apresentamos assim o novo Lugar da Cerâmica.


Equipa

Concepção de Projecto: Marta Silva

Coordenação artística e executiva: Adriana Fernandes:

Produção Executiva: Amalia Buisson

Ceramista Residências: Maria Caetano


Mais info aqui

 

A partir de: 
13 de Junho de 2013 to 30 de Junho de 2019