Desde que ocupou o antigo Quartel do Largo do Cabeço de Bola, em 2022, o Largo Residências possibilitou a criação de um ecossistema de partilha cultural e construção de espaço colectivo que contou com 40 projectos sócio- culturais (individuais e colectivos) abrangendo 190 trabalhadores(as). Agora, a cooperativa procura, através
desse ecossistema, abrir um novo espaço à cidade: os jardins do antigo Hospital Miguel Bombarda.

O espaço ocupado, que abrange o antigo Hospital de Dia, as casinhas do jardim, o barracão da Alameda das Oliveiras e zonas circundantes, será dinamizado num novo centro cultural com espaços sociais, áreas de trabalho, sala de espectáculos, espaço para residências artísticas e restaurante. O acesso directo será feito pela rua Gomes
Freire.

O antigo Hospital de Dia será transformado num espaço administrativo da cooperativa, loja Art & Craft, restaurante e residências sociais para artistas na condição de refúgio, projecto que o Largo tem vindo a desenvolver desde 2022.

As Casinhas do Jardim serão requalificadas para acolher residências artísticas. Os Jardins Românticos serão espaços comunitários e privados para eventos, assim como o Pinhal que terá também lugar de esplanadas. Um pouco a norte, o espaço do Planalto terá um palco exterior para receber eventos e será rodeado de estruturas modulares para espaços de trabalho de projectos sócio-culturais  permanentes. Também na Alameda das Oliveiras serão criadas as mesmas estruturas para esses projectos. É intenção do LARGO Residências transformar e  homenagear o barracão adjacente como Sala-Estúdio Valentim de Barros e que será um espaço com sala de espectáculos, foyer/bar, ateliers e salas de ensaios.

Para proceder à requalificação e transformação destes espaços, o Largo Residências quer juntar a comunidade e acolher investidores sociais, no  processo de transição das actividades principais do QUARTEL Largo do Cabeço de Bola para os JARDINS do Hospital Miguel Bombarda, nomeadamente espaços de trabalho para associações e trabalhadores(as) do sector cultural e criativo que se aliaram a este movimento desde o Quartel.

O colectivo do Quartel não vai ficar de braços cruzados –estão a recolher apoios maioritariamente em materiais para as obras, ficando o valor angariado preferencialmente para os recursos humanos, e tal como é prática habitual, contratar pessoas em situação de vulnerabilidade social para criar estas equipas de trabalho, sendo assim mais uma
forma de apoio social.

Em breve, o Largo Residências abrirá candidaturas para  propostas de actividades de programação pontuais ou regulares.